domingo, 21 de novembro de 2010

Que mal nos fizeram as crianças?

Estou a ver um programa de televisão que me está a dar uma raiva que não consigo descrever. Family Fat Surgeons. Um programa sobre cirurgiões que fazem operações (tais como bandas gástricas e lipoaspirações) a pessoas obesas. Neste momento a ver um rapaz de 16 anos a pôr uma banda gástrica.
  • O rapazinho de 16 anos diz: É muito dificil para mim ser gordo, sofro muito com isto.
  • Os pais orgulhosos dizem: ele está muito dedicado a isto e tem muita coragem. Ninguém quer ser o miúdo gordo no liceu, ainda por cima se ser o miúdo gordo significa ter problemas psicológicos. Estamos muitos contentes por ele pôr a banda gástrica.
  • O senhor doutor diz: estou muito preocupado com a obesidade infantil e crescer obeso é um trauma para a vida, daí eu achar muito importante estas intervenções nos mais jovens.
  • Eu digo: MAS ESTÁ TUDO PARVO???
  • Vocês dizem: Bah, americanos...

Pois deixem-me relembrar-vos que Portugal tem um dos maiores índices de obesidade infantil da Europa (31,5% das crianças portugueses entre os 9 e os 16 anos são obesas ou sofrem de excesso de peso) e o que está a acontecer nos Estados Unidos é o nosso futuro: miúdos de 16 anos pôr bandas gástricas. O que é que aquele rapazinho vai aprender com isto? Nada. Vai continuar a ter os comportamentos de risco que o levaram a esta situação e os paizinhos, com a lágrima no canto do olho, vão bater palminhas e continuar a enfardar hamburguers sentados no sofá a ver televisão.

A obesidade não é apenas um problema estético! Tem um grande impacto na saúde e no nosso bem-estar!

  • hipertensão
  • diabetes tipo II
  • doenças cardiovasculares
  • maior prevalência de cancro
  • maior prevalência de síndrome do ovário poliquístico
  • desordens alimentares
  • problemas ortopédicos
  • maior incidência de asma
  • baixa auto-estima
  • menor QUALIDADE DE VIDA!

Será que as crianças merecem isto? Elas não sabem o que estão a fazer, que raio de castigo é este? Adultos (pais e não só), está na altura de fazer qualquer coisa... e não é bandas gástricas de certeza!

Bons Exemplos

É bom ver que além de ricos e famosos também são espertos!

Agyness Deyn (modelo), Audrey Hepburn (dispensa apresentações), Angelina Jolie (actriz)

Brad Pitt (actor) e Jared Leto (músico - 30 seconds to mars)


e uma imagem lindíssima da Brigitte Bardot!

Como sair daqui?

Um vídeo genial sobre como chegámos até aqui...(em inglês)

http://www.youtube.com/watch?v=cJ-J91SwP8w&feature=player_embedded

Gosto especialmente do desenho do bebé com o telemóvel. E vocês, que situações ridículas de consumismo conhecem (ou praticam)?

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A minha pasteleira ninja!

Bmx? Bicicletas de montanha? Bicicletas de carbono com 3 rodas pedaleiras, 50 mudanças, travões com discos não-sei-quê e assento ejectável com pára-quedas? Bah! Nada se compara à minha pasteleira ninja!

4/11/2010, 11h00 a.m. pasteleira ninja no Cais-do-Sodré

Tem cesto de carga à frente, plataforma para cargas pesadas atrás, 6 mudanças, um pedal de descanso, volante alto para uma postura ergonómica, sininho para avisar os transeuntes mais incautos e dizer adeus aos amigos, banco respirável com molas, protector de corrente para não sujar as minhas calças de ganga, os meus colants e as minhas botas, dois guarda-lamas e uma condutora que, apesar de very cyclechic, é ninja todo o terreno!

Na minha pasteleira ninja já levei mercearias, sacos de desporto a rebentar pelas costuras, malas de computadores, malas de senhora oversize cheias de tralha e até já tentei levar um gato (com resultados desastrosos...). E acreditem que ela é mesmo todo o terreno! Vai nos passeios, vai nas estradas com buracos, vai no comboio, no barco, sobe as colinas da Cruz-Quebrada e já ultrapassou muito homem de licra e barba rija.

Tentem lá bater a minha pasteleira!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ginásios: sim ou não?

É necessário frequentar um ginásio para nos mantermos "saudáveis"? Bem... depende da pessoa e depende do ginásio

Os ginásios fazem parte de uma indústria renhida, pecando muitas vezes pelo excesso de mercantilismo. Nas grandes cadeias e ginásios de “topo” os instrutores têm metas de vendas mensais para vários serviços. A abordagem aos clientes para que façam treinos personalizados (personal training), quando muitas vezes o cliente não precisa e não quer é um dos exemplo mais notório deste mercanti
lismo.

Outro problema dos ginásios é que a maior parte dos profissionais da área não são profissionais da área coisa nenhuma! São pessoas sem habilitações para exercerem as funções que desempenham. Iriam a um médico se ele tivesse tirado o curso de medicina em 6 meses num instituto politécnico de medicina por correspondência? Não? Então porque vão a um ginásio onde os instrutores tiraram um curso de dois meses num instituto de “fitness”? Um ginásio tem de ter pessoas habilitadas a prescrever exercício a um largo espectro de utentes, desde os mais saudáveis e “fit” aos mais fragilizados e portadores de patologias, sendo ainda necessário conhecimentos genuínos sobre nutrição e promoção de bem-estar.


Se querem frequentar um ginásio informem-se sobre as boas (ou más) práticas deste, perguntem se os seus instrutores estão devidamente licenciados para tal. O dinheiro da mensalidade é vosso, têm o direito de ser informados sobre a qualidade do serviço!

Para aqueles que não gostam de estar confinados, existem sempre outras alternativas: ter um estilo de vida activo (deixar o carro em casa e ir de bicicleta ou transportes, desligar a televisão e ir brincar com os filhos) e praticar actividades outdoor . Correr num parque traz tantos ou mais benefícios do que correr numa passadeira.

Qualidade de vida não se compra, escolhe-se.