domingo, 30 de janeiro de 2011
Solidão
Transportes Públicos - o drama
Portanto quem trabalha por turnos, ou alguém que por qualquer motivo saia tarde Lisboa… AZAR! Vão a nado. Isto é especialmente grave quando temos tantos acidentes na estrada com jovens condutores embriagados que vêm da noite de Lisboa. Claro que a culpa é de quem bebe e conduz, mas a verdade é que não existem alternativas ao carro no regresso a casa.
Dentro da margem sul o drama é ainda pior. O metro sul do Tejo é o que se sabe: não liga nada a nada, linha mal pensada, buraco orçamental, na minha zona nem vê-lo. Os autocarros são uma comédia. Eu de bicicleta demoro 20 minutos (em média) da minha casa aos barcos do Seixal, a camioneta demora 25minutos. É anedótico.
Para quem tem o passe social é monetariamente vantajoso utilizar os transportes públicos, mas para um utilizador ocasional não. Os bilhetes únicos são caríssimos. Se eu quiser ir passear a Lisboa ao fim-de-semana com uns quantos amigos seja de barco seja de comboio,sai-me muito mais barato ir de carro do que comprar bilhetes, o que é inaceitável.
Se quisermos que haja uma maior adesão aos transportes públicos há que torná-los mais atractivos, mais baratos, mais confortáveis, mais práticos, com maior flexibilidade de horários, maior ligação entre eles. Uma sociedade realmente desenvolvida não é aquela que obriga o cidadão a ter carro (com todas as despesas e prejuízos para a saúde e a cidadania que isso envolve), mas sim aquela em que a mobilidade é assegurada igualmente para todos. Para quando um investimento na qualidade de vida do cidadão?
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Cyclefish
Lisboa impermeável
Excesso de espaço dedicado aos automóveis (estradas, estacionamentos) e à construção e a falta de espaços verdes (jardins, logradouros) tem levado a qualidade de vida em Lisboa e arredores, tal como em muitas outras cidades portuguesas, a descer.
As cheias anuais são apenas um dos preços a pagar (e claro que a falta de limpeza e manutenção dos esgotos e sarjetas não ajudam), mas também a qualidade do ar e o aumento de temperatura se tornam sufocantes.
Os logradouros, os jardins urbanos, as ruas e os estacionamentos com árvores para fazer sombra (em vez daquelas palas horríveis que agora se põem em todo o lado) fazem uma grande diferença. Para quando uma aposta na qualidade de vida do cidadão?
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Anti-stress
Adoptar um amigo
Foi apanhado por uma associação de animais de rua e ficou numa casa adoptiva à espera que alguém o quisesse. Como era quase adulto e estava doente ninguém o queria. Não tinha outra escolha senão voltar para a rua e morrer, ou ir para um canil e ser abatido.
Quantas histórias como esta não existem? Não comprem animais, há muitos que foram abandonados e que precisam de um lar urgentemente. Todos os canis têm animais para adopção, incluindo alguns de raça pura. Para quem vive no Seixal, o canil tem campanhas de adopção regulares, vejam aqui.
É de uma tremenda falta de humanidade abandonar quem não tem culpa, quem não percebe e quem nos é fiel. Ah, e não fiquem tristes, o Kishiro tornou-se o meu companheiro de aventuras e hoje é o gato mais mimado à face da Terra.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Cicloficina de Janeiro
Aqui está a D. a experimentar a sua bicicleta depois de afinada (com o meu olhar atento, pois a sua condução não era exactamente linear ihihihi) :
O mecânico de serviço fartou-se de trabalhar, enquanto os outros ficaram a admirar as biclas do pessoal e na conversa , trocando dicas, experiências e ideias de conquista do mundo. Aqui estão duas alegres ciclistas (sendo que eu sou a croma da direita).
O único problema da ninja foi a ferrugem que se começou a acumular em alguns parafusos, talvez por ficar estacionada na rua quando vou trabalhar e ficar exposta aos elementos invernais. De resto está boa de saúde e recomenda-se!
Também marcaram presença uma dobrável, uma pasteleira preta, uma bicicleta de montanha e uma lindíssima pasteleira verde dos anos 90 (fiquei enamorada, confesso), que infelizmente não aparece em nenhuma foto.
E aqui estou eu com o sr. Nelson Gomes, que emprestou o espaço do Clube de Canoagem à cicloficina. Mais uma vez muito obrigada (reparem que o mecânico continua a trabalhar enquanto eu apanho sol ehehehe).
Para quem é da margem sul já sabem: todos os terceiros domingos do mês, a partir das 9.00h no Clube de Canoagem da Amora. Apareçam!
Agradecimento ao Clube de Canoagem da Amora
Foi feita um apelo à câmara municipal do Seixal, que respondeu alguns meses depois dizendo que não existia nenhum espaço adequado para o pretendido... custa-me a crer que não haja um único espaço coberto que possa ser usado num projecto de voluntariado com o intuito de melhorar a mobilidade dos seus cidadãos.
Felizmente o Clube de Canoagem da Amora deu um passo em frente e imediatamente disponibilizou o espaço. A eles um muito obrigado, bem hajam. É preciso mais pessoas assim: disponíveis para ajudar os poucos que querem ajudar os muitos.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Levantar o cú do sofá, está difícil
- Dizem que os políticos são corruptos e que as coisas em Portugal estão mal, mas dão-lhes oportunidade para mudar as coisas e ninguém levanta o cú do sofá para ir votar;
- Dizem que os combustíveis estão muito caros e que já não têm dinheiro, mas continuam todos a andar de carro;
- Dizem que as coisas no trabalho estão mal, mas não aumentam a sua produtividade;
- Dizem que a educação está pior que nunca, mas não ensinam aos filhos que bater nos professores é errado;
- Dizem que o sistema de saúde é péssimo, mas também não têm cuidado com a própria saúde, não comem bem, não fazem desporto, não fazem nada;
- Dizem que a criminalidade cresceu e que a polícia não faz nada, mas se virem alguém a ser assaltado na rua não são capazes de ajudar;
- Dizem que as crianças já não podem sequer brincar na rua, mas são eles próprios que conduzem em zonas residenciais em excesso de velocidade;
- Dizem que as ruas estão sujas, mas sempre que vão passear o cão não limpam o cocó que ele faz.
Dizem muita coisa, mas FAZER seja o que for? Está quieto, que no sofá é que se está bem.
O bólide da minha mãe
É linda, verde, com um volante bem alto, rodas e pára-lamas mais largas que o normal e é uma fixed gear! (não tem travão de trás, trava-se com os pedais). A minha mãe conduz uma fixie! Mãe mais cool não há!
Para além de cool é cyclechic! Mas alguém diria que esta senhora faz 50 anos daqui a uns meses? Elegância em pessoa.
Votar: mais do que um direito, um dever!
Hoje tu podes votar! Hoje se te sentes incomodado com a situação do país podes ir às urnas e mostrar o teu desagrado. Uma única cruz num papel. Houve quem morresse para te dar este direito.
Vale a pena pensar nisto.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Ventos de mudança
Para celebrar o estado de espírito fiz uma pequena paragem no regresso a casa e tirei uma fotografia que ilustra muito bem o prazer que é pedalar à beira-rio de noite, depois de um dia de trabalho.
Comércio tradicional
Prefiro percorrer as ruas a pé, levar com o vento na cara e o sol nos olhos, escolher produtos frescos com muito mais qualidade, ter um atendimento simpático e afável e não ter de pagar mais por isso, ao mesmo tempo que apoio o comércio local e estabeleço contacto com as pessoas da minha comunidade.
A solução será, talvez, recorrer aos dois tipos de comércio: ir de vez em quando ao supermercado para comprar coisas básicas e avulso (esparguete, cereais, arroz, etc) e ao comércio tradicional para comprar os frescos (fruta, vegetais, peixe, leite, pão, etc).
Experimentem e vão ver que é muito mais agradável e amigável para o bolso.
sábado, 15 de janeiro de 2011
Cicloturismo
Passeando pela marginal do Seixal...
Até dá para tirar um foto meio suicida
E admirar os meus dois meios de transporte favoritos (os meus pezinhos e os pedais da ninja)
Desviando por uma pequena rua secundária para fugir aos carros...
E aproveitar para descansar num banco de jardim
E fazer de paparazzi
E até dá para passar pela mercearia e comprar uns fresquinhos :)
Eu cá digo... tarde bem passada!